moda circular

VÍDEO: 1ª Feira de Brechós leva 15 lojas para exposição no Parque Itaimbé

Leonardo Catto

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Eduardo Ramos (Diário/Especial)

A máquina do tempo que se vê nos filmes de ficção científica não existe. Mas, sem ela, ainda é possível ser levado para o passado. A 1ª Feira de Brechós de Santa Maria ocorreu neste sábado no Parque Itaimbé e mobilizou 15 expositores que levaram peças retrô e vintage a quem passava pelo local.


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Outras edições até chegaram a existir, no Bar Gárgula, mas não com este título. Quem organizou o encontrou foi Pedro Ivo Vieira, 26 anos. Ele é proprietário do Relance Brechó desde 2019.

Luci Dinarte, 28 anos, é proprietária do Mandrágora Brechó & Ateliê também desde 2019. Antes, ela trabalhava no comércio e iniciou o negócio próprio como forma de vender desapegos (itens que não queria mais, mas estavam em boas condições). Hoje ela "faz tudo" no gerenciamento, garimpo, vendas e até produção das embalagens.

- A moda circular deve ser mais vista. Tem surgido bastante brechós, e isso é maravilhoso. Fiquei bem contente com o espaço ao ar livre, e as pessoas se sentindo confortável - disse sobre a feira.

Apesar de haver diversidade no retrô, não é necessário que as roupas sigam só essa categoria. Inclusive nas próximas edições, é possível que brechós com roupas mais contemporâneas participem.

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Eduardo Ramos (Diário/Especial)
Luci levou duas araras e duas malas de roupas para exposição

PARTICIPANTES

MODA CIRCULAR
Além da questão de estilo, a feira tem a intenção de reforçar valores da moda circular. A ideia é priorizar o desenvolvimento sustentável, com a reutilização e aproveitamento de peças. Para Pedro Ivo, isso é fundamental também quando se pensa em meio ambiente. Na administração do Relance Brechó, ele se conscientizou sobre sobre roupas que eram fabricadas, sequer usadas e descartadas.

- Existe muito lixo no mundo. Sabemos que 30% das roupas nem são usadas. No Deserto do Atacama, tem um lixão de roupas que são depositadas. Brechó, acima de tudo, é ter consciência de meio ambiente e economia local - argumenta.

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Eduardo Ramos (Diário/Especial)
Pedro Ivo (à esquerda) organiza roupas que levou para expor

Fã de brechós, a psicóloga Ruth Nunes, 60 anos, aproveitou que a feira foi "no quintal de casa". Ela mora próximo do parque e foi até as araras expostas ao lado do Bar do Pompeo. O saldo foi uma nova saia.

- É um tipo de negócio bem acessível a todos. E interessante para a cidade. Achei uma saia bem retrô, gosto de coisas diferentes. E está um bom preço - comentou.

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RETRÔ X VINTAGE
Há uma diferença nos conceitos que envolvem as roupas dos brechós. E isso influencia em como é vendida. O retrô não é antigo, mas peças atuais que se inspiram ou reproduzem designs mais velhos.

Já o vintage é o verdadeiramente antigo. As peças são confeccionadas em tempos passados. Uma forma de conferir isso é pela etiqueta. Há um número que é o Cadastro Geral de Contribuintes (CGC), que indica a fabricante da roupa. Esse registro foi criado em 1964, mas em 1999 foi substituído por outro, o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ). Então, se a etiqueta indica o CGC da empresa que produziu a peça, o item é da década de 1990 ou antes.

NOVA DATA
A próxima feira já tem data para ocorrer. Será em 13 de fevereiro, também próximo do Bar do Pompeo. Brechós que tenham interesse em expor podem entrar em contato com o Relance Brechó no Instagram.

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